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domingo, 30 de março de 2014

Crônica da violência.


Se o Estado brasileiro ocupasse convenientemente os rincões esquecidos nas periferias, com assistência e educação, não haveria espaço para o crime organizado e a droga não seria a única oportunidade de trabalho e ganho para muitos jovens. Tampouco tantas vidas seriam atiradas no valão da inoperância política. A equação droga/vadiagem/violência não seria o descalabro que é hoje, e certamente não se resolveria de maneira a deixar rastros de sangue. A população dos morros e favelas silencia, é conivente, por medo e porque desenvolveu uma mórbida associação com o tráfico. Foi preciso conviver com ele, já que estava tão próximo e era um inimigo imbatível. A necessidade criou um comensalismo patológico que hoje rouba a cena nos jornais. O Estado, furtando-se à tarefa que deveria realizar, educando, conscientizando, utilizando obras sociais, lança mão de armas e caveirões, lança-chamas e o que mais servir para intimidar. Quer assim ganhar aplausos da população. E a dignidade das famílias que não têm outra opção senão morar nesses guetos? Mirando a paisagem social do Brasil de hoje, sou forçado ainda a concordar com a imagem que Gilberto Freire traçou da sociedade brasileira. A Casa Grande localiza-se à margem de belas praias enquanto a Senzala invade morros e vales. Imagina-se que, como em tempos coloniais, uma nada saiba da outra. A cortina entre esses dois mundos é tecida a balas de calibres diversos.
Marcio Leite

quinta-feira, 27 de março de 2014

Amar se aprende amando.


O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo
acha a razão de ser, já dividido.
São dois em um: amor, sublime selo ...
que à vida imprime cor, graça e sentido.

"Amor" - eu disse - e floriu uma rosa
embalsamando a tarde melodiosa
no canto mais oculto do jardim,
mas seu perfume não chegou a mim.
Carlos Drummond de Andrade


 

domingo, 23 de março de 2014

O amor não acaba ...

O amor não acaba, nós é que mudamos
Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidade...s, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
Martha Medeiros

Reflexão .Tempo de paz!

É domingo...
O primeiro do outono..
Estou ainda no litoral.
O clima mudou,
friozinho pela manhã,
bom para dormir.
Fui caminhar na Avenida
Uma hora de caminhada
prezando pela saúde.
Refleti sobre a vida
seus encantos e desencantos.
As pedras no meio do caminho
que devagarinho removi
e os bons momentos vividos.
Agora é tempo de curtir
de reencontro com meu eu interior
de viver bem cada momento
e esquecer os desalentos
Tempo de paz, de sonhos,
tempo de refletir, de pensar
antes de qualquer ação
para acertar na decisão


                                  _luiza_, 23/03/2014
                                    Litoral de SCatarina.


PRECE


Senhor,
agora que a noite chega
e meu corpo pede descanso,...
venho falar contigo:
- É hora de agradecer
por tudo que me ajudastes
a conseguir em mais este
dia de vida;
Pela energia que senti
palpitar em mim em cada
ação que desenvolvi para
alcançar meus objetivos.
Obrigado Senhor,
por ter estado comigo.
Mesmo que eu não tenha
conseguido te ver, sempre
tive a certeza que estás
dentro do meu coração,
orientando cada passo
que dou pela vida...

Amém.
Rui E L Tavares
                 23/03/2014

 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Chegada do outono...



 O verde vai ficando pálido
e as folhas começam a cair;
o Sol vem mais tarde
e vai embora mais cedo.
...
A noite longa vem sem alarde
tecendo seu mágico enredo;
desenha sombras que parecem
velhos fantasmas de brinquedo...

O frio lambe o tempo e dilacera
a textura petalar das flores;
o Verão acena em despedida
e vai dormir um longo sono.

Surgem outras cores na vida
com matizes de recolhimento
anunciando a chegada do momento
de viver um novo Outono...

Rui E L Tavares

-19Março2014-

quinta-feira, 13 de março de 2014

A paga pelas invasões napoleônicas.

Humor!!!

 Estavam na China um português, um francês e um espanhol a beber na praça de Tian An Men.
Só que, na China, beber bebidas alcoólicas em público, é proibido.
Foram apanhados em flagrante, detidos e levados ao Mandarim para receberem a sentença....
O Mandarim deu uma bronca enorme e disse que cada um iria receber 20 chicotadas como castigo. Só que, como estavam em transição entre o ano do cão e o do rato, cada prisioneiro tinha direito a um pedido:
- francês, qual é o teu desejo, desde que seja não escapar ao castigo?
- Quero que amarrem um travesseiro nas minhas costas!
- Assim seja! E levou as chicotadas com o travesseiro nas costas. Lá pela décima chicotada o travesseiro cedeu e o francês levou as restantes 10. E se vermelho era por dentro, vermelho ficou por fora.
- Agora é a tua vez, espanhol! Qual é o teu desejo?
Que amarrem 2 travesseiros nas minhas costas! E assim foi. O espanhol levou as 20 chicotadas e a custo, os travesseiros lá resistiram, ficando a rir-se do francês!
Chegou então a vez do português.
- Ora, você é português! Foram vocês os primeiros europeus a chegarem à China! Como eu gosto muito de vocês, tem direito a 2 pedidos!
- Bem, eu queria levar 100 chicotadas…
- 100? Espantoso! Ainda por cima é corajoso! O pedido será realizado! E então, qual é o outro pedido?
- Amarrem um francês às minhas costas!
Ver mais
                                      Da página do Face do amigo Antônio A. Figueiredo

 

                     

quarta-feira, 12 de março de 2014

O tempo.

Lindo poema de nosso Escritor Gaúcho!
...
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


                                     Mario Quintana