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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

CHIMARRÃO



Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.

Trazes à minha lembrança,
Neste teu sabor selvagem,
A mística beberagem,
Do feiticeiro charrua,
E o perfil da lança nua,
Encravada na coxilha,
Apontando firme a trilha,
Por onde rolou a história,
Empoeirada de glórias,
De tradição farroupilha.

Em teus últimos arrancos,
Ao ronco do teu findar,
Ouço um potro a corcovear,
Na imensidão deste pampa,
E em minha mente se estampa,
Reboando nos confins ,
A voz febril dos clarins,
Repinicando: "Avançar"!
E então eu fico a pensar,
Apertando o lábio, assim,
Que o amargo está no fim,
E a seiva forte que eu sinto,
É o sangue de trinta e cinco,
Que volta verde pra mim.
Autoria: Glaucus Saraiva


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Calamidades no sul do Brasil.

O sul do Brasil sofre nesse início de outubro, com intempéries. Temporais com chuva forte, granizo, vendavais, alagamentos, calamidade. A cada frente fria que chega, a população fica atenta e preocupada sem nada poder fazer. O que está causando isso, fenômenos da natureza, aquecimento global, desmatamentos, não se sabe.  Quantas pessoas sofrendo, perdendo tudo, vendo seus pertences conseguidos com sacrifício, levados pelas enxurradas. Previsões para esse mês, nada animadoras. O recurso é fé, rezar para que Deus não permita que isso continue a ocorrer e aguardar que a Primavera mostre sua cara, suas flores, seu clima agradável. Enquanto isso, passar o feriadão dentro de casa, porque as rodovias estão congestionadas de carros, parece que o povo não se dá conta, que saindo de casa nessas condições é pedir para se estressar mais do que permanecer no seu cantinho com a família, em paz e tranquilidade. 

                   £uiza
                   São Paulo, 09/10/2015
                   imagem captada na web