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segunda-feira, 21 de março de 2016

OUTONO


Outono, ah! Outono.
Prenúncio do inverno,
Despedida do verão.
Melancólico ver
Tantas folhas caídas
Pelo chão...
Outono, velho outono.
Secam flores, ...amores
No jardim e coração.
Clima subalterno
Que antecede o inverno
E substitui o verão...
Outono, ...melancolia,
Perfume tristonho
Que induz solidão.
Mas tão necessário
Para dar ao cenário
Mais uma renovação...
Rui E L Tavares
20Março 2016-

        Imagem captada na web


domingo, 20 de março de 2016

Aeromóvel em Porto Alegre- Crônica -

Publico hoje, a crônica do Escritor e Poeta Paulo Miranda, postada hoje, no Recanto das Letras, complementando publicação minha "Aeromóvel Coester" datada nesse blog, em 24/10/13.
Meus agradecimentos Poeta, mais conhecimento vivenciado para complementar o tema.

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O Aeromóvel Coester

Um artigo precioso no blog Meusregistrosepostagens, de nossa confreira Lumah, postado já há quase três anos nos descerra uma notícia auspiciosa e que, infelizmente, terá tido muito pouca repercussão mídia brasileira.

Trata-se do Aeromóvel Coester, meio de transporte de massa, colocado a funcionar na cidade natal de seu inventor, Oskar Coester. O trecho é pequeno, mas sinaliza um começo promissor, ainda que tardiamente: ligando a cidade de Porto Alegre ao seu aeroporto, Salgado Filho.

Tive a oportunidade de acompanhar, e de perto até, um pouco da saga desse nosso ainda pouco conhecido inventor.  Foi em Jacarta, a capital da Indonésia, literalmente, lá nas nossas antípodas...

Buscando ganhar reconhecimento e dimensão internacional, Oskar conseguiu a concessão e pertinente financiamento para instalar seu invento
naquela populosa cidade do arquipélago indonésio. Uma batalha, vencida graças à tenacidade e poder de argumentação de nosso ilustre cientista, que numa primeira instância havia recebido a recusa por seu invento não ter sido ainda provado e por, segundo avaliadores, não ser, em tese, capaz de absorver um fluxo maciço de usuários, como é o caso dos serviços de metrô, ou trens.

Mas com o apoio decidido de uma influente filha do então Presidente Suharto a obra saiu, experimentalmente construída num parque de diversões, nos arredores de Jacarta, o Taman Mini Indonesia, num formato circular, com cerca de 4 kms de extensão.

Havia, como ainda há, grande interesse de mega-empresas estrangeiras, de países desenvolvidos, em disputar concorrências internacionais para lançarem projetos de transporte coletivo em Jacarta, que tem uma população superior a dez milhões. Afora as urbanizações circunvizinhas, fora do território municipal.

O entusiasmo dos proponentes do projeto Coester em Jacarta fê-los apressar a data de sua inauguração, deixando para data posterior a instalação dos controles eletrônicos e os imprescindíveis teste. Acolheram, assim, a idéia de o colocar a serviço, apenas com controles manuais, com a presença do próprio Presidente Suharto e entourage, numa sessão inaugural. Exaustivos testes já tinham sido realizados com esse modo de operação. E, se presumia, não podia haver erro.

E houve. Entre uma estação e outra, com a volta quase completa, o carro suspenso deu repentina travada. A esposa do então Vice-Presidente, de joelhos, ao piso foi lançada.

No dia seguinte ao desafortunado ocorrido, o Estado de São Paulo publicava sarcástico e bombástico despacho da France-Presse, intitulado "Brasileiro derruba o Governo indonésio".

E ainda hoje estamos nós a endeusar o champagne e o croissant franceses...Mas o trenzinho, há vinte e cinco anos tá lá, girando e transportando visitantes do parque.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 20/03/2016
Código do texto: T5579288
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