Chovia muito, e a senhora
fechava portas e janelas
pois o vento soprava forte.
Lá fora, uma confusão,
pequenos e grandes galhos
voavam, de lá para cá,
ao sabor do vendaval...
A chuva caía e a senhora
vagarosamente, caminhava,
pensando,... pela casa.
Procurava um vão que
pudesse estar aberto...
Deu-se conta, então, a senhora,
que outro vendaval
eclodia furiosamente e entrava
pela porta das suas recordações.
Ela sentou-se, e sozinha, ficou
ouvindo a chuva que aumentava.
Reviveu tudo novamente...
Viu a casa cheia de vida,
familiares indo e vindo, festas,
reuniões de fim-de-semana,
brincadeiras de crianças...
Viu tudo, num repente,
bem antes da presente realidade,
num vendaval de lembranças.
Então, dos seus velhos olhos,
choveram lágrimas de saudade!
Rui E L Tavares
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