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segunda-feira, 27 de maio de 2013

VAZIO DE TUDO.


  1. DEIXAS-ME ...

     Sem saber o que fazer
     O que realmente queres
     O querer o que não queres
     Simplesmente medo
     Do que realmente queres
     Não sei como dizer
     Não sei como te fazer acreditar
     Dizes que não me queres
     Dizes que não me sentes
     E apenas tens medo de sentir
     Medo de amar de novo
     Medo de sofrer de novo
     Medo de cair de novo num poço sem fim
     Fim de felicidade
     Inicio de tormentos
     Negrume de Alma
     De sentidos apurados que entorpecem
     Sentimentos que adormecem
     Medos que renascem
     Pavor de sofrer
     Apenas porque um dia sofres-te
     Um dia caís-te
     Caí, ergui-me, caí de novo, ergui-me de novo
     Tem sido assim o meu tormento
     Quando deveria de ser a minha vida a ser vivida
     É apenas um caminho de mágoa
     De saudade do que nunca tive
     Do desejo do que algum dia irei ter
     Talvez um dia entendas
     Talvez um dia tu me dês valor
     Talvez um dia, seja tarde demais
     Talvez um dia não espere por ti o resto da vida
     Não sei mais como te dizer
     Como ganhar a tua confiança
     Quando tu me abalas os alicerces 
     De tudo o que tenho por garantido
     Dizes apenas, contigo nunca
     Sinto-me vazio com essas palavras
     Perdido no meio de nada
     Apenas vazio de tudo…

    Carlos L Fonseca
     In “Um Sopro de Carinho”

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