Saio de casa, passo apressado
Destino apenas a lado nenhum
Em direcção ao nada
Dirijo-me a todo o lado
Percorro caminhos, estradas…
Trilhos de vida, apenas percursos
Locais por onde já passei antes, mas hoje…
Descobri que nunca tinha reparado em nada
Apenas olhava sem ver
Via sem sentir, apenas… olhava
Em direcção a um café, qualquer um…
Preciso de acordar, despertar…
Sair do torpor em que me encontro
Acordar para a vida, parar de sonhar
Mas parar de sonhar é parar de viver
Parar de sonhar, é parar de amar….
Percebo apenas que… afinal não quero parar de sonhar
Apenas tenho de mudar de sonho
Sonhar com o impossível que me dá forças para lutar
Sonhar com o fácil, não é sonhar…
Sonhar faz-nos acreditar
Acreditar que um dia… apenas um dia…
Não sei quando… não sei onde…
Mas quero acreditar que vou amar
Não quero desacreditar no amor
Sem amar não sei viver
Viver sem amor, não é viver, é apenas sobreviver
Cansei de apenas… sobreviver
Carlos Fonseca
In “ Um Sopro de Carinho”
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